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O que é e para que serve a vitamina D3? Qual a diferença entre a vitamina “D” e “D3”?
A Vitamina D3, ou colecalciferol, é fundamental para inúmeras funções do organismo. As mais conhecidas estão relacionadas à saúde dos ossos, sistema imunológico, cardiovascular e metabólico.
O principal papel atribuído à Vitamina D3 é como regulador do metabolismo do cálcio e do fósforo. Essa vitamina promove o correto aproveitamento destes minerais pelo organismo.
Ao aumentar a absorção intestinal, assim como a reabsorção renal desses íons, fornece concentrações suficientes para melhorar a saúde óssea.
Assim, atua no correto desenvolvimento e manutenção do esqueleto, bem como na prevenção de fraturas e fragilidade óssea.
Além da homeostase do cálcio, outra função reconhecida da vitamina D é como fortalecedor do sistema imune, protegendo o organismo de gripes, alergias e até cânceres.
Ao modular a imunidade, se faz importante contra o desenvolvimento de doenças autoimunes, como o lúpulo, artrite reumatoide, diabetes tipo I, entre outras.
A vitamina D3 contribuiu ainda para a regulação das funções cardíacas, como reguladora do crescimento, para a produção de insulina, na manutenção do bom funcionamento do cérebro, equilíbrio e bem-estar geral do organismo.
Qual a diferença entre a vitamina “D” e “D3”?
Quando falamos em vitamina D, na verdade falamos de forma geral de um complexo de cinco hormônios, as vitaminas D1, D2, D3, D4, D5.
Todas possuem estruturas semelhantes e participam de processos fisiológicos no organismo. Porém, dentre estes 5 compostos, duas formas são as mais importantes a nível de saúde humana: a Vitamina D3 (colecalciferol) e a Vitamina D2 (ergocalciferol).
Ambas são compostos inativos e precisam passar por processos químicos para se tornarem ativas e exercerem seu papel.
Quimicamente, o que difere a vitamina D3 da D2 são suas cadeias laterais no carbono 17.
Na prática, podemos considerar a vitamina D2 de origem vegetal e a vitamina D3 de origem animal, onde a vitamina D3 é a melhor e mais potente, além de menos tóxica.
Vitamina D3
A vitamina D3 é a melhor fonte de vitamina D, pois é produzida no organismo a partir dos raios ultravioleta.
Nos humanos, seu precursor se encontra na forma inativa na pele e tem a sua produção ativada quando o corpo está exposto diretamente ao sol.
A vitamina D3 pode também ser obtida através do consumo de produtos de origem animal, como por exemplo, o salmão, sardinha, ovos e leite.
Porém, a maior fonte é a exposição aos raios ultravioleta.
Vitamina D2
A Vitamina D2 pode ser encontrada em plantas e cogumelos.
Como suplemento, não funciona tão bem por seus efeitos são menores, comparados à vitamina D3.
Vitamina D3 baixa: Quais são os sintomas da falta de vitamina D3?
A falta de vitamina D3, chamada de hipovitaminose D, é um problema mundial. O Brasil, mesmo sendo um país com incidência de sol o ano todo, apresenta elevada taxa de deficiência de vitamina D em diferentes faixas etárias.
Como a vitamina D atua em diversos processos no organismo, a carência da vitamina D está relacionada a uma série de doenças e disfunções, podendo acarretar ou piorar quadros patológicos.
Dentre os sintomas da falta de vitamina D3 estão:
– Diminuição da massa muscular;
– Pele seca;
– Aumento da gordura corporal;
– Diminuição da libido;
– Déficit de atenção e memória;
– Depressão;
– Mau humor;
– Desânimo;
– Alterações ou doenças cardíacas;
– Raquitismo;
– Osteoporose;
– Aumento do risco de fraturas;
– Infecções recorrentes, entre outros.
Há indícios de que muitas doenças podem ser prevenidas ou apresentam melhoras quando o tratamento é aliado à suplementação de vitamina D3.
São elas:
Depressão
Estudos mostram que há uma relação entre a falta de vitamina D e a vulnerabilidade ao desenvolvimento de depressão, principalmente em pacientes com histórico da doença.
Por isso, manter níveis adequados de vitamina D3 pode reduzir os riscos à depressão, além de auxiliar nas respostas ao tratamento.
Riscos durante a gravidez e lactação
A maior incidência de aborto no primeiro trimestre pode estar relacionada a baixos níveis de vitamina D3. Pois, uma vez que a vitamina melhora o sistema imunológico, sua carência pode favorecer a rejeição embrionária.
Problemas como pré-eclâmpsia (hipertensão durante a gravidez) e diabetes gestacional também podem estar relacionados com os níveis de vitamina D, já que esta interfere nas funções cardíacas e na regulação da glicemia.
Não só a gestante pode ter problemas devido à carência de vitamina D3. Há riscos ainda de mau desenvolvimento do bebê, autismo e os problemas respiratórios na criança.
Enfraquecimento ósseo e osteoporose
A vitamina D melhora a absorção de cálcio no intestino e sua reabsorção nos rins. Por isso, na ausência desse nutriente, há uma queda de aproximadamente 30% da absorção total do cálcio ingerido.
Com menos cálcio sendo direcionado para os ossos, a mineração óssea fica prejudicada. Com isso, o osso fica mais fraco e as chances de quedas, fraturas e osteoporose se elevam.
Em geral, com a suplementação de vitamina D3, a homeostase do cálcio é retomada. Com isso, há a melhora da saúde óssea.
Diabetes tipo 2
A vitamina D parece afetar a resposta da insulina à glicose.
Além de agir na regulação do cálcio, a vitamina D estimula a expressão da insulina.
Portanto, os riscos do paciente desenvolver diabetes tipo 2 são maiores conforme o nível de carência da vitamina D.
Doenças autoimunes
A vitamina D atua fortalecendo o sistema imunológico e previne doenças autoimunes.
Assim, doenças como esclerose múltipla, diabetes tipo 1, artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal, são algumas de sofrem influência dos níveis de vitamina D.
Câncer
A vitamina D atua regulando o metabolismo em geral. Dessa forma, baixos níveis de vitamina D podem fazer com que o controle celular seja perdido e as células se proliferem descontroladamente.
Alguns tipos de cânceres têm sido mais relacionados à carência vitamínica. São eles: os de mama, colorretal, de ovário, próstata e melanoma.
Obesidade
O excesso de peso inflama o organismo e prejudica a síntese dos hormônios, inclusive da vitamina D.
Quando há uma redução da gordura corporal, os níveis tendem a melhorar, mesmo sem suplementação ou exposição solar.
Níveis inadequados de vitamina D também estão relacionados a casos recorrentes de infecções, fadiga e fraqueza muscular.
Apesar da suplementação com a vitamina D3 não substituir nenhum tratamento primário, manter os níveis adequados pode auxiliar no controle e prevenção de diversas doenças.
O que pode causar a falta de vitamina D3 no corpo?
Não há uma só causa da falta de vitamina D3 no corpo, sua deficiência de vitamina D pode ser multifatorial.
Seja por consequência da exposição insuficiente aos raios solares, ingestão inadequada, problemas que limitem ou impeçam sua absorção, dificuldade na transformação de vitamina D em metabólitos ativos, fatores hereditários, entre outros.
Dessa forma, cada caso deve ser analisado em particular para serem tomadas as devidas providências a fim de normalizar os níveis de vitamina D3.
É considerada população de risco para hipovitaminose D os pacientes com:
– raquitismo ou osteomalácia,
– portadores de osteoporose,
– síndromes de má-absorção (fibrose cística, doença inflamatória intestinal, doença de Chron, cirurgia bariátrica),
– insuficiência renal,
– insuficiência hepática,
– medicações que interfiram no metabolismo de vitamina D (anticonvulsivantes, colestiramina, glicocorticoides, antifúngicos, antirretrovirais, orlistat),
– doenças granulomatosas.
– linfomas,
– idosos com história de fraturas,
– gestantes e lactentes,
– obesos.
Uma vez que a maior fonte de vitamina D3 é a sua sintetização natural a partir da exposição ao sol, mais precisamente aos raios UVB, a primeira causa da deficiência de vitamina D3 que deve ser investigada é a pouca exposição ao sol.
Devido ao dia a dia corrido e ao uso do filtro solar, há uma deficiência global de Vitamina D. O uso de roupas e protetor interfere na absorção dos raios ultravioletas.
Para se ter uma ideia, produtos com fatores de proteção solar (FPS) 8, reduzem a absorção de vitamina D em aproximadamente 90%, o FPS 15 95%, e o FPS 30 pode impedir até 99% da sua síntese.
A localização global é outro fator que pode influenciar a síntese de vitamina D, uma vez que a incidência solar e, consequentemente recepção dos raios UVB são diferentes conforme a latitude e período do ano.
Localidades com latitudes ao redor de 45º graus norte e 40º graus sul recebem pouca incidência solar.
Entre os meses de novembro e março, essa incidência se torna ineficiente para a produção de vitamina D.
Uma vez que a vitamina D proveniente da alimentação e da suplementação deve ser absorvida, condições específicas de problemas que afetam o intestino e, consequentemente, alteram a absorção de nutrientes, também podem contribuir para a deficiência de vitamina D. Entre elas estão a doença celíaca, a síndrome do intestino curto e a doença de Chron.
Problemas renais também podem influenciar, uma vez que o rim participa da ativação dos precursores de vitamina D.
Além disso, pedras na vesícula alteram a secreção de bile e, resultam na menor absorção de vitaminas lipossolúveis, como é o caso da vitamina D3.
Vale ressaltar que a idade também é um fator diretamente relacionado à baixa deficiência de vitamina D.
A partir dos 30 anos, a síntese de vitamina D pelo organismo começa a diminuir gradativamente, sendo que idosos produzem 4x menos vitamina D do que um jovem adulto.
Para identificar a deficiência de vitamina D deve-se fazer o doseamento em algum laboratório de confiança.
No Brasil se considera um nível normal acima de 30 ng/mL, mas, vários países já atualizaram esse valor para 50 ng/mL.
Em casos de deficiência, a suplementação com vitamina D3 é indicada dentro das quantidades recomendadas por faixa etária e dosagem de acordo com a necessidade.
Alguns casos, a suplementação pode acontecer de forma preventiva, baseada em necessidades individuais, grupos de risco ou carência prévia.
O que é bom para aumentar a vitamina D3?
A vitamina D3 pode ser obtida de 3 maneiras: exposição ao sol, alimentação e suplementação.
A principal fonte de vitamina D é por meio da exposição solar. Cerca de 90% da vitamina D provém da ativação do precursor de vitamina D3 a partir dos raios ultravioletas do tipo B (UVB).
No geral, considerando as características da incidência solar no território brasileiro, é recomendada a exposição ao sol por 5 a 10 minutos todos os dias, nos braços e pernas, sem protetor solar.
Esse tempo é suficiente para estimular a sintetize a vitamina D, sem prejudicar a pele.
Como nem sempre a exposição ao sol é possível, o ideal é combinar o banho de sol, alimentação adequada e suplementação.
Alimentos ricos em vitamina D3
O consumo de alimentos ricos em vitamina D pode auxiliar no aumento dos níveis sanguíneos da vitamina.
Em média, recomenda-se o consumo de ao pelo menos 15mcg de vitamina D por dia.
Entre alimentos que fornecem as melhores quantidades por porção estão:
- Óleo de fígado de bacalhau
- Salmão
- Atum
- Ostras
- Sardinha
- Leite fortificado
- Peixes em geral
- Ovo cozido
- Fígado de boi
- Iogurte
Mesmo consumindo boas quantidades desses alimentos, dificilmente alcançará a quantidade recomendada de vitamina D3 diária.
O consumo desses alimentos apenas mantém os níveis. Pacientes que já possuem certa insuficiência necessitam da suplementação.
Dependendo do local e da época do ano, a exposição ao sol também pode não ser suficiente.
Portanto, para garantir bons níveis de vitamina D3 a suplementação com vitamina D torna-se a melhor alternativa.
Mantenha os ossos e dentes fortes, melhore a imunidade, proteja contra doenças cardiovasculares, melhore a memória e o raciocínio, a força e a resistência muscular.
Umas das alternativas na obtenção de vitamina D3 e ter os benefícios desse mineral é através da suplementação.
Existem diversos suplementos de vitamina D3. Procure por uma marca de qualidade, que lhe traga reais benefícios a um melhor preço.
Revisado por: Taynara Caroline da Silva – CRN-3-493635
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