Quais os sintomas da falta de vitamina D no corpo?
A falta de vitamina D pode causar sérios prejuízos à saúde. O problema é que a maioria das pessoas nem se dá conta desta deficiência, pois os sintomas iniciais costumam ser sutis. Mantenha-se alerta para não pagar o preço na idade adulta.
A deficiência de vitamina D vem sendo associada como ossos fracos e quebradiços, maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares, cognitivos, doenças autoimunes, entre outros.
Uma vez que essa vitamina é de extrema importância para o organismo, sendo essencial inúmeras funções, além da ativação de mais de 2000 genes.
Responsável por metabolizar o cálcio e o fósforo, tem papel fundamental na saúde dos ossos, melhora o sistema imune, o sistema cardiovascular e atua ativamente no equilíbrio de diversos órgãos e células do corpo.
Por estes e outros motivos, a vitamina D é essencial para a vida, mas mesmo assim, os níveis de deficiência são altíssimos.
A hipovitaminose D, ou falta de vitamina D, é um problema mundial. Estima-se que cerca de 10% da população apresente baixa taxa desta vitamina.
Esta deficiência aumenta em aproximadamente quatro vezes os riscos de fraturas ósseas, quedas, sintomas depressivos, cânceres e problemas de memória e de raciocínio.
Como a vitamina D age em diversos processos no organismo, sua carência está relacionada a uma série de doenças e disfunções.
As queixas mais comuns da falta de vitamina D são dores ósseas, como latejamento e desconforto na coluna lombar, quadril e pernas, bem como dor e fraqueza nos braços.
Muitos pacientes também costumam se queixar de cansaço e desânimo, além de pele seca, diminuição da massa muscular, aumento da gordura corporal, diminuição da libido, déficit de atenção e memória.
A falta de vitamina D também está associada ao aumento de risco de alterações cardíacas e doenças cardiovasculares, problemas musculoesqueléticos, como raquitismo, osteoporose, infecções recorrentes, diabetes e síndrome metabólica.
Dentre os sinais e sintomas da falta de vitamina D estão:
Enfraquecimento ósseo
A vitamina D atua na absorção de cálcio no intestino, bem como na sua reabsorção nos rins. Dessa forma, evita que o mineral seja eliminado e poderá ser aproveitado no metabolismo ósseo.
Somente com a falta de vitamina D aproximadamente 30% da absorção total do cálcio pelo organismo é perdida. Com isso, aumentam as chances de ossos mais fracos, fraturas e osteoporose.
Muitas pessoas diagnosticadas com perda óssea acreditam que somente ingerindo mais cálcio isso se solucionará. No entanto, se estiverem com deficiência de vitamina D, a suplementação com cálcio não resolverá o problema.
Em geral, ao se normalizar os níveis de vitamina D, a homeostase do cálcio também é retomada e, consequentemente, a saúde óssea melhora.
Doenças e infecções frequentes
A vitamina D desempenha papel importante no sistema imune, mantendo-o forte e capaz de proteger o organismo de vírus e bactérias que causam doenças.
Um dos sintomas mais comuns apresentados por quem tem insuficiência de vitamina D são gripes frequentes e um aumento no risco de demais doenças e infecções em geral.
Uma vez que a vitamina D interage diretamente com as células de defesa responsáveis por combater as infecções, diferentes estudos relacionam a deficiência de vitamina D com infecções das vias respiratórias, tais como resfriados, gripes, bronquite e pneumonia.
Fadiga e cansaço
Cansaço frequente pode ter muitas causas, entre elas, os baixos níveis sanguíneos de vitamina D devem ser considerados.
A falta da vitamina D comumente está relacionada à fadiga, cansaço, dores no corpo e a baixa qualidade de vida. Suplementar vitamina D3 pode ajudar na melhora dos níveis de energia.
Dor nos ossos e nas costas
Dores ósseas e lombares podem estar relacionadas à deficiência de vitamina D. É o que mostram as pesquisas
Pesquisadores descobriram que pessoas com baixos níveis de vitamina D tinham quase duas vezes mais chances de sofrer dor nos ossos, em especial dores nas pernas, costelas, costas e articulações quando comparadas com aqueles que apresentavam os níveis normalizados.
Não se sabe ao certo o porquê isso ocorre, mas a vitamina D contribui para manter a saúde dos ossos através de inúmeros mecanismos.
Depressão
Estudos relacionam a falta de vitamina D e vulnerabilidade de desenvolver depressão, em especial naqueles que já possuem histórico da doença.
Dessa forma, manter níveis adequados de vitamina D ajuda não só a reduzir os riscos à depressão, como também auxiliar nas respostas ao tratamento.
Dificuldade de cicatrização
Níveis inadequados de vitamina D pode dificultar a cicatrização após cirurgias, lesões ou infecções.
Embora ainda faltem mais estudos, foi sugerido que a vitamina D atue no processo de cicatrização de feridas aumentando a produção de compostos cruciais para a formação de novos tecidos, assim como controlando inflamações no local.
Queda de cabelo
A queda de cabelo pode ser um sintoma da falta de vitamina D. Porém, não podemos afirmar que toda perda de cabelo é causada pela deficiência de vitamina D.
As causas mais comuns da queda de cabelo são estresse, uso excessivo de químicos capilares e deficiência de nutrientes.
No entanto, a doença autoimune, Alopecia areata, a qual é caracterizada por uma acentuada perda de cabelos e pelos no corpo, está associada ao raquitismo, doença que enfraquece os ossos causada pela deficiência de vitamina D.
Dor muscular
Devido à interação entre a vitamina D e seus receptores presente em células nervosas com sensibilidade à dor, chamados nociceptores, a deficiência de vitamina D pode ser uma das causas das dores crônicas.
As causas da dor muscular e seus mecanismos são ainda muito difíceis de detectar. Porém, alguns estudos já descobriram que a suplementação com vitamina D pode reduzir vários tipos de dor em pessoas com deficiência da vitamina.
Maiores riscos durante a gravidez
Baixos níveis de vitamina D3 estão relacionados com a maior incidência de aborto no primeiro trimestre da gravidez.
Isso ocorre porque, como a vitamina D melhora o sistema imunológico, logo sua carência pode favorecer a rejeição embrionária.
A gestante com falta de vitamina D também pode aumentar o risco de hipertensão durante a gravidez e diabetes gestacional, já que esta vitamina atua nas funções cardíacas e na regulação da glicemia.
A carência de vitamina D3 traz riscos também para o bebe, como mau desenvolvimento, autismo e os problemas respiratórios.
Diabetes tipo 2
A vitamina D parece estar relacionada com a expressão da insulina. Dessa forma, a carência dessa vitamina pode propiciar o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
Doenças autoimunes
Uma vez que a vitamina D é importante para o sistema imunológico, ela também atuaria prevenindo doenças autoimunes, tais como esclerose múltipla, diabetes tipo 1, artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal.
Câncer
O desenvolvimento de tumores vem sendo relacionado, entre outros fatores, à carência vitamínica.
Como a vitamina D regula o metabolismo em geral, a falta dessa vitamina poderia fazer com que o controle celular seja perdido. Assim, as células se proliferam descontroladamente resultando em câncer.
Obesidade
O excesso de peso causa uma inflamação crônica no organismo. Este estado prejudica o metabolismo como um todo, incluindo a síntese dos hormônios, entre eles, a conversão da vitamina D.
Com menos vitamina D, o organismo com um todo fica prejudicado e a produção de energia é uma delas.
Um organismo mais lento resulta em maior dificuldade em perder peso. Está formado um ciclo.
Porque a vitamina D fica baixa?
Vitamina D baixa no sangue é um problema bastante comum. Estima-se que cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo apresentem níveis insuficiente de vitamina D.
Isso representa cerca de 42% dos adultos norte-americanos. Mas este número sobe ainda mais entre os hispânicos (69%) e afro-americanos (82%).
Com estes dados, podemos concluir que quanto mais escura a pele, mais tempo de sol é necessário.
Isso porque, diferente das outras vitaminas, a vitamina D é produzida pelo nosso organismo a partir de um precursor presente na pele que somente é ativado quando esta é exposta aos raios ultravioleta (UVB).
Por tanto, apesar do nome, a vitamina D é na verdade um hormônio. Este é sintetizado a partir do colesterol pela exposição direta da pele ao sol.
Esta é a principal fonte de vitamina D para o organismo. Estima-se que cerca de 90% de toda vitamina D usada no organismo provém desta ativação.
Logo, quanto mais exposto o corpo estiver ao sol, maior a produção de vitamina D. Porém, existem outras variáveis a serem consideradas.
A primeira a se pensar é o câncer de pele. É sabido que uma alta exposição ao sol pode desencadear melanomas. Por isso é indicado o uso do protetor solar.
Aí chegamos a outro fator. Protetores solares bloqueiam a radiação ultravioleta, impedindo a ativação da vitamina D.
Para se ter uma ideia, um bloqueador solar fator 8 reduz a absorção de vitamina D em aproximadamente 90%, o FPS 15 95%, e o FPS 30 pode impedir até 99% da sua síntese.
Por isso, para a síntese de vitamina D pelo organismo é recomendada a breve exposição ao sol de braços e pernas sem protetor solar ao sol por cerca de 20 minutos todos os dias.
Dê preferencia para horários em que os efeitos dos raios ultravioletas são menos prejudiciais, como antes das 10h ou após as 16h.
Outro fator para a baixa de vitamina D é a latitude e período do ano. Localidades com latitudes ao redor de 45º graus norte e 40º graus sul recebem pouca incidência solar, assim como as estações de outono-inverno.
Devemos considerar o mundo moderno como outra causa da deficiência de vitamina D, uma vez que passamos muito mais tempo fechados com pouca exposição aos raios solares.
Não é possível elencar apenas uma causa da falta de vitamina D no corpo, pois cada caso deve ser avaliado separadamente.
Porém, como a maior fonte natural de vitamina D3 é a partir da exposição ao sol, a primeira causa da falta de vitamina D que deve ser investigada é justamente a pouca exposição ao sol.
Seja devido ao dia a dia corrido, o uso de roupas, filtro solar, vidros, tudo isso interfere na absorção dos raios ultravioletas.
Porém, uma alimentação inadequada, fatores hereditários, presença de problemas que limitem ou impeçam a absorção ou dificuldade na transformação de vitamina D em metabólitos ativos, devem ser considerados.
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Os fatores de risco comuns para a deficiência de vitamina D são:
- Pele escura;
- Falta de exposição direta ao sol;
- Excesso de peso ou obesidade;
- Viver longe em locais onde há pouco sol durante o ano;
- Uso de protetor solar;
- Passar a maior parte do tempo em ambientes fechados;
- Portador de problemas que afetam o intestino, tais como doença celíaca, síndrome do intestino curto e doença de Chron;
- Problemas renais;
- Idosos.
O que é bom para aumentar a vitamina D?
O nível de vitamina D pode ser aumentado de 3 maneiras: exposição ao sol, alimentação e suplementação.
O banho de sol direto, sem protetor solar, de 10 a 20 minutos por dia é a principal fonte de vitamina D, porém, nem sempre essa exposição ao sol é possível, principalmente nos horários mais recomendados para não prejudicar a pele.
Portanto, o ideal é combinar o banho de sol, alimentação adequada e suplementação.
Alguns alimentos podem auxiliar no aumento dos níveis de vitamina D no organismo. Os mais ricos em vitamina D são óleo de fígado de bacalhau, salmão, atum, ostras, ovo cozido e fígado de boi.
Cabe ressaltar que apenas 10% da vitamina D é proveniente da alimentação, então, mesmo consumindo boas quantidades desses alimentos, dificilmente alcançará a quantidade recomendada.
Portanto, para obter a quantidade necessária de Vitamina D por dia, a suplementação com vitamina D3 torna-se a melhor alternativa.
Recomenda-se ingerir 1 gota ao dia do suplemento de Vitamina D3 em gotas ou Vitamina D em cápsulas ou conforme orientação de nutricionista e/ou médico
A fim de manter níveis adequados de vitamina D e melhorar a saúde dos ossos e dentes, aumentar a imunidade, a memória e o raciocínio, a força e a resistência muscular, além de proteger contra doenças cardiovasculares.
Amelhor forma de obter vitamina D3 e se beneficiar dessa substância é através da suplementação.
Conclusão
A falta de Vitamina D é muito comum mesmo em países tropicais como o Brasil. Infelizmente o exame de sangue para detectar a deficiência de vitamina D não é tão comum de ser solicitado e, uma vez que os sintomas da falta são sutis e não específicos, a deficiência pode passar despercebida.
A maioria das pessoas com baixos níveis de vitamina D apenas irão apresentar os maiores sintomas na idade adulta, sobretudo na terceira idade, justamente no período que os ossos já sofrem mais.
Felizmente, a falta dessa vitamina é facilmente corrigida e controlada desde a juventude.
Além de aumentar a exposição ao sol, acrescente o suplemento de vitamina D3 na sua rotina diária e garanta bons níveis desse nutriente vital para o organismo.
Revisado por: Taynara Caroline da Silva – Nutricionista CRN-3-49635
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