Menu de Navegação
O que é Luteína e para que serve?
Hoje em dia é muito abordado nas redes sociais, revistas, televisão e artigos sobre os benefícios de se ter uma alimentação saudável na prevenção de diversas doenças metabólicas.
A maioria dessas doenças são agravadas pelo estilo de vida das pessoas. Muitas vezes a doença só inicia pelos maus hábitos alimentares.
Dentre as substancias mais estudadas para a prevenção de doenças metabólicas, os antioxidantes estão entre os top 10.
Essas substâncias no organismo podem melhorar significativamente processos iniciais de doenças metabólicas, uma vez que sua atuação é na prevenção do estesse oxidativo, que hoje é uma das condições mais presentes nos processos iniciais de doenças.
O estresse oxidativo é causado pela formação de radicais livres “EROs” que são moléculas que circulam livremente pelas células e corrente sanguínea.
No processo de produção de energia, a formação de radicais livres é normal, faz parte do processo.
Porém o excesso de radicais livres se formando na corrente sanguínea é prejudicial, podendo causar danificações as células, membrana plasmática, podendo em casos mais graves levar a morte celular.
Para combater e impedir a formação de radicais livres no organismo, a alimentação precisa entregar o máximo de compostos que impeçam a atuação negativa dos radicais livres.
As vitaminas A, C e E tem a capacidade de retardar o processo de envelhecimento celular causado pelos altos níveis de radicais livres, impedindo que os radicais livres tenham atuações negativas no organismo.
Uma das substâncias mais estudadas pela suas ações no organismo estão presentes na vitamina A que são os carotenoides.
A vitamina A é um das vitaminas mais importantes para saúde e vitalidade do organismo.
Está presente nos alimentos de origem animal. Sua principal atuação no organismo é como Retinol.
Uma das principais do retinol no organismo é sua atuação na saúde ocular. A deficiência do retinol pode causar cegueira, conhecida como xeroftalmia, ou também conhecida como olho seco ou cegueira noturna.
Nos alimentos de origem vegetal não temos a presença da vitamina A, porém os carotenoides são substâncias que serão “transcritas” como retinol dentro das células.
Dentre os 600 carotenoides já identificados, apenas 50 são carotenoides que podem ser transcritos no organismo para retinol.
Dentre os principais carotenoides e seus respectivos benefícios temos: b-caroteno, licopeno, luteína e zeaxantina.
Todos estes carotenos serão responsáveis por algumas funções benefícios muito importantes no organismo, algumas funções de cada um:
- β-caroteno, é um caroteno mais encontrado nos alimentos, é conhecido pelas suas inúmeras funções no organismo, dentre elas: saúde do sistema imunológico, melhora na atividade e mudança no número de células, redução da ocorrência de doenças degenerativas como câncer, doenças cardiovasculares, degeneração d muscular relacionada à idade e formação de catarata.
- Licopeno é um carotenoide que embora não tenha função de pro vitamina A, exerce funções importantes no organismo como proteção celular, atividade antioxidante. Em estudos vem sendo relacionado que sua presença na alimentação dos homens pode contribuir com a prevenção de câncer de próstata.
A luteína é um carotenoide com a pigmentação amarelada, presente nos vegetais amarelos, verdes escuros e frutas, algumas de suas fontes são: espinafre, ervilha, kiwi, brócolis, milho, pêssego, couve-flor, abobrinha, gema de ovo e repolho.
Tabela – Quantidade de luteína presente nos alimentos
ALIMENTO | LUTEÍNA (mg em 100g) |
Vagem | 0,42 |
Brócolis | 1,50 |
Couve | 15,0 |
Alface | 0,17 |
Salsa | 10,82 |
Ervilha | 0,72 |
Espinafre | 9,20 |
Milho | 0,02 |
Nectariana | 0,02 |
Laranja | 0,35 |
Tangerina | 0,07 |
Papaia | 0,02 |
Pêssego | 0,02 |
Abóbora | 2,40 |
A deficiência de luteína normalmente ocorre pela ausência dos alimentos fontes na alimentação.
A diminuição da oferta de luteína está associado com maior incidência de catarata, além da diminuição deste nutriente para o sistema imunológico e maior ação dos radicais livres.
A luteína é um potente antioxidante, podendo diminuir a ocorrência e os danos causados pelos radicais livres nas células e tecidos.
Pela sua atuação como antioxidante, vem sendo muito estudada eu como uma proteção dos fotorreceptores fóvea.
A luteína consegue reduzir em 40% a incidência da luz que causa danos à retina. Esta perda da sensibilidade visual normalmente acometi a população mais idosa. Essa atuação da luteína é relacionada a suas funções nas doenças dos olhos, incluindo a degeneração macular relacionada à idade.
A luteína também pode ser utilizada como um antioxidante que irá auxiliar na prevenção de doenças degenerativas como doenças cardiovasculares, câncer e alguns distúrbios relacionados com altos níveis de radicais livres. A lut
Dos principais benefícios associados à luteína, ela vem sendo relacionada com uma proteção contra aterosclerose.
Quais são os benefícios da Luteína?
Muitos estudos vem sendo realizados para comprovarem os benefícios da luteína nos humanos e suas funções relacionadas com o organismo humano.
Estudos em ratos e em humanos vem demostrando resposta muito favoráveis com a ingestão de luteína. Um dos locais de mais atuação da luteína, fora sua ação antioxidante, são seus efeitos benéficos para saúde ocular.
A retina possui uma mancha amarela chamada mácula, essa mancha é responsável pela visão nítida das imagens.
Essa cor amarela é causada pela presença de luteína e zeaxantina.
Somente estes dois carotenoides são encontrados presentes nos olhos em quantidades muito maiores do que em qualquer outro tecido no corpo humano.
Esta pigmentação amarelada vem sendo muito estudada, e os apontamentos nos estudos só comprovam que a mácula serve de proteção para retina, uma vez que a luteína está presente na macula, ambas teriam funções de proteger a visão do ser humano.
A doença caracterizada pela degeneração macular ocasionada pela idade é chama de DMRI, causadora de cegueira em indivíduos com mais de 65 anos.
A DMRI afeta cerca de 30 milhões de pessoas no mundo todo. Segundo Schalch, 2004, a DMRI é responsável por 50% dos casos de cegueira no Reino Unido, sendo também a maior causa de cegueira a partir dos 50 anos nos Estados Unidos.
No Brasil estima-se que exista cerca de 1 milhão de casos de DMRI. Alguns dados recentes do Conselho Brasileiro de Oftalmologia estimam que aproximadamente 2,9 milhões de brasileiros, com mais de 65 anos, apresentam casos de degeneração macular.
O mecanismo de ação da luteína para a proteção da retina é por conta de uma limitação do estresse oxidativo e pela capacidade de filtrar a luz azul danosa aos tecidos.
A luz azul aumenta os níveis de radicais livres dentro da rotina, aumentando a degradação das membras das células, podendo causar a morte celular.
A luteína presente nesta região, faz com que a luz azul chegue primeiramente pela barreira da luteína e zeaxantina, antes de atingir a retina, com isso, inibe a atuação dos radicais livres, fazendo com que essa degradação das membranas celulares da retina não aconteça, preservando a saúde da retina e consequentemente a saúde ocular.
Desta forma, altos níveis de luteína estão associados a uma menor incidência de degeneração macular induzida pelo envelhecimento.
Além dessa função executada pela luteína, pode-se se verificar também sua atuação na saúde da pele devido a sua ação antioxidante, a diminuição do dano oxidativo causado pela toxinas externas como fumaça, radiação ultravioleta, poluição, alguns produtos aplicados na pele que liberam metais pesados e que são tóxicos também.
A função antioxidante da luteína irá beneficiar o organismo na proteção do DNA, podendo melhorar o sistema imunológico, estimulando ele para melhorar a defesa do organismo contra doenças crônicas e para alguns tipos de câncer.
A redução dos níveis de radicais livres estão associados com o desenvolvimento dessas doenças metabólicas.
Por conta do estresse oxidativo causado pelos radicais livres, o organismo fica inflamado pelos diversas sinalizações, desta maneira a luteína contribui com a redução dos marcadores inflamatórios.
Por que tomar Luteína?
A suplementação de luteína é uma das melhores maneiras de se ter os benefícios da luteína, visto que o consumo de alimentos fontes são cada vez menores.
Muitas pessoas de baixa renda não tem acesso e com isso aumenta a incidência de doenças relacionadas com a deficiência da luteína. A suplementação é uma maneira segura, natural e eficaz.
É recomendada a orientação de um profissional da saúde para estipular quantidades individualizadas para cada caso.
Alguns estudos clínicos demostram uma recomendação de 15mg por dia de luteína para ajudar a aumentar a densidade do pigmento macular, auxiliar na prevenção de doenças oculares e melhorar dos tecidos que utilizam a luteína como antioxidade.
Na aquisição de suplementos, sempre busque por marcas renomadas no mercado, com certificados de qualidade e registros na ANVISA.
Redatado por: Taynara Caroline da Silva – Nutricionista CRN3-49635
Moraes, F. P. (2006). Alimentos funcionais e nutracêuticos: definições, legislação e benefícios à saúde. Revista eletrônica de farmácia, 3(2). Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/ref/article/view/2082
SCHALCH, W. A importância dos carotenóides. Disponível em: http://nutricaoempauta.locaweb.com.br/ lista_artigo.php?cod=345.
STRINGHETA, P. C., NACHTIGALL, A. M., OLIVEIRA, T. D., RAMOS, A. M., SANT’ANA, H. M. P., & GONÇALVES, M. P. J. C. (2009). Luteína: propriedades antioxidantes e benefícios à saúde. Alimentos e Nutrição Araraquara, 17(2), 229-238. Disponível em: http://200.145.71.150/seer/index.php/alimentos/article/view/268/261
VIVIAN¹, PATRÍCIA GOMES; FERRI, VALDECIR CARLOS. Alimentos ricos em antioxidantes e seus benefícios a saúde humana. 2013. Disponível em: http://cti.ufpel.edu.br/cic/arquivos/2013/CS_02342.pdf