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A melatonina é um hormônio produzido naturalmente pela glândula pineal, localizada no cérebro. Sua principal função é regular o ciclo circadiano, sincronizando o organismo com os períodos de claro e escuro. Quando a luz diminui, a produção de melatonina aumenta, preparando o corpo para o sono.
No contexto dos suplementos, a classificação “natural” e “sintética” gera confusão. A melatonina sintética é fabricada em laboratório através de processos químicos que replicam a estrutura molecular do hormônio humano.
Já a versão rotulada como natural é extraída de fontes animais, como o líquido cefalorraquidiano de bovinos, ou produzida por fermentação de microrganismos geneticamente modificados, como leveduras.
Aqui reside um detalhe: mesmo os suplementos “naturais” derivados de animais não são idênticos à melatonina humana. Pequenas variações na estrutura molecular podem alterar a forma como o corpo os absorve e utiliza.
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O que os estudos revelam?
A pergunta central é: uma forma é mais eficaz que a outra para induzir ou melhorar a qualidade do sono? Para responder, é preciso analisar três aspectos: biodisponibilidade, tempo de ação e consistência dos efeitos.
1. Biodisponibilidade
Estudos farmacocinéticos mostram que tanto a melatonina sintética quanto a derivada de fermentação microbiana são rapidamente absorvidas pelo trato gastrointestinal.
No entanto, suplementos de origem animal podem ter menor biodisponibilidade devido à presença de impurezas ou diferenças estruturais.
2. Tempo de ação
A melatonina sintética padrão (não modificada) tem meia-vida curta, entre 20 e 50 minutos. Isso significa que seu efeito é rápido, mas passageiro — ideal para quem tem dificuldade em adormecer.
Já as formulações de liberação prolongada, mais comuns em versões sintéticas, mantêm níveis estáveis do hormônio por horas, auxiliando na manutenção do sono. Suplementos naturais raramente oferecem essa opção.
3. Consistência
A síntese em laboratório permite controle rigoroso da dosagem, garantindo que cada cápsula contenha exatamente a quantidade declarada.
Em contraste, extratos de origem animal ou microbiana podem variar na concentração de lote para lote, dependendo das condições de cultivo ou extração.
Vale destacar que a eficácia também depende do motivo pelo qual a melatonina é usada. Para ajustar o relógio biológico em casos de jet lag ou trabalho noturno, ambas as formas são igualmente recomendadas.
Porém, em situações que exigem doses precisas (como em crianças ou idosos), a sintética tende a ser mais segura.

Segurança, efeitos colaterais e como escolher
A melatonina é geralmente considerada segura em uso a curto prazo (até três meses), mas efeitos colaterais como sonolência diurna, dor de cabeça e tontura podem ocorrer, independentemente da origem do suplemento.
A decisão entre melatonina natural e sintética deve considerar objetivos individuais e condições de saúde:
1. Vegetarianos e veganos
Suplementos derivados de animais são incompatíveis com essas dietas. A maioria das versões sintéticas e as produzidas por fermentação microbiana são veganas, mas é essencial verificar os rótulos.
2. Sensibilidades
Algumas fórmulas sintéticas contêm corantes, conservantes ou enchimentos como lactose. Pessoas com alergias ou intolerâncias podem preferir opções naturais com ingredientes mais simples.
3. Uso em crianças
A Academia Americana de Pediatria recomenda a sintética devido à padronização de doses, crucial para um grupo sensível e com menor margem de erro.
Em resumo, a discussão entre melatonina natural e sintética não se resume a uma competição de eficácia. Ambas as formas podem ser úteis, desde que provenientes de fontes confiáveis e usadas de maneira criteriosa.
O fator decisivo não é a origem do hormônio, mas a qualidade do suplemento, a dosagem adequada e o alinhamento com suas necessidades específicas.
Se você está em dúvida, experimente começar com uma versão sintética de baixa dosagem e observe como seu corpo responde.
Considere também consultar um profissional de saúde para descartar causas subjacentes de insônia, como apneia do sono ou desequilíbrios hormonais.
Lembre-se: nenhum suplemento substitui hábitos consistentes de higiene do sono, como limitar a exposição à luz azul antes de dormir e manter horários regulares.
Revisado por: Taynara Caroline – Nutricionista
REFERÊNCIAS:
- Savage, R. A., et al. (2020). “Melatonin: A Review of Bioavailability, Clinical Effectiveness, and Safety”. Journal of Dietary Supplements.
- Erland, L. A., & Saxena, P. K. (2017). “Melatonin Natural Health Products and Supplements: Presence of Serotonin and Significant Variability of Melatonin Content”. Journal of Clinical Sleep Medicine.