colageno + magnesio

Colágeno tipo 2 + magnésio: para que serve e como usar

Se você já sentiu aquela rigidez nas juntas ao levantar da cama ou percebeu que os exercícios físicos estão deixando os músculos mais tensos, talvez seu corpo esteja sinalizando a necessidade de reforçar nutrientes específicos.

O colágeno tipo 2 e o magnésio formam uma dupla pouco comentada, mas com potencial para transformar a saúde articular e muscular.

Vamos explorar como esses compostos funcionam, quais benefícios oferecem e como incorporá-los à rotina de forma inteligente. 

Entendendo o colágeno tipo 2

Quando falamos em colágeno, muita gente pensa imediatamente em cremes antirrugas ou suplementos para cabelos mais fortes.

Mas o colágeno tipo 2 tem uma função distinta: é o principal componente da cartilagem, aquela estrutura elástica que amortece os ossos e permite movimentos suaves. Sem ele, atividades simples como caminhar ou subir escadas se tornariam dolorosas. 

Nosso corpo produz naturalmente essa proteína, mas a partir dos 25 anos, sua síntese diminui progressivamente.

Fatores como estresse, dieta pobre em nutrientes e excesso de atividade física aceleram essa perda. Resultado? Articulações mais rígidas, desconforto após esforços e até risco de lesões.

Estudos recentes destacam que a suplementação com colágeno tipo 2 não hidrolisado (ou seja, em sua forma estrutural intacta) pode “comunicar-se” com o sistema imunológico, reduzindo processos inflamatórios que danificam a cartilagem.

Isso explica por que muitas pessoas relatam alívio de dores em joelhos e quadris após algumas semanas de uso. 

Magnésio: O mineral que ajuda o corpo a funcionar sem estresse

Enquanto o colágeno cuida das articulações, o magnésio atua nos bastidores para garantir que músculos, nervos e células trabalhem em harmonia.

Esse mineral participa de mais de 300 reações bioquímicas, incluindo a produção de energia, a regulação do sono e o relaxamento muscular. 

Um dado preocupante: estima-se que 50% da população não consome magnésio suficiente através da alimentação.

Alimentos processados, solos pobres em nutrientes e o consumo excessivo de café ou álcool agravam o déficit. Sintomas como cãibras frequentes, insônia e fadiga podem ser sinais de que seus níveis estão baixos. 

O magnésio também tem um papel indireto na saúde das articulações. Ele auxilia na formação de proteínas essenciais para a estrutura do colágeno e age como um cofator enzimático, garantindo que processos de reparação tecidual ocorram sem falhas.

Sem ele, mesmo que você suplemente colágeno, o corpo pode não o aproveitar plenamente. 

Por que combinar colágeno tipo 2 e magnésio?

Juntos, esses dois compostos oferecem benefícios que vão além da soma de suas partes. O colágeno tipo 2 fornece matéria-prima para regenerar a cartilagem, enquanto o magnésio otimiza a absorção e utilização desse nutriente.

O mineral ajuda a reduzir a tensão muscular, que muitas vezes sobrecarrega as articulações durante movimentos repetitivos. 

Pesquisas sugerem que a combinação pode ser particularmente útil para: 

  • Atletas e praticantes de atividade física: Reduz o tempo de recuperação pós-treino e previne lesões por sobrecarga. 
  • Pessoas com desgaste articular inicial: Melhora a mobilidade e reduz a dependência de analgésicos. 
  • Indivíduos com estilo de vida sedentário: Combate os efeitos da falta de movimento, como rigidez e perda de flexibilidade. 
como usar colageno tipo 2 e magnesio

Como usar colágeno tipo 2 e magnésio

Em primeiro lugar, opte por versões não desnaturadas (UC-II), que preservam a estrutura molecular do colágeno. A dose diária varia entre 10 mg e 40 mg, dependendo da intensidade dos sintomas. 

Evite formas como o óxido de magnésio, pouco absorvidas. Prefira citrato, glicinato ou treonato.

A dose recomendada para adultos gira em torno de 300 mg a 400 mg ao dia, mas ajustes podem ser necessários para quem tem problemas renais. 

Tome o colágeno em jejum, preferencialmente pela manhã, com um copo de água. Isso evita que enzimas digestivas quebrem a proteína antes de chegar às articulações.

Já o magnésio pode ser dividido em duas doses: uma após o almoço e outra antes de dormir, para potencializar o relaxamento noturno. 

Efeitos perceptíveis levam, em média, 4 a 8 semanas. Paciência, pois a regeneração de tecidos é um processo gradual. 

Efeitos colaterais e cuidados

A boa notícia: ambos os suplementos são seguros para a maioria das pessoas quando usados conforme orientado. No entanto, atenção a detalhes: 

  • Excesso de magnésio pode causar diarreia, náuseas ou cólicas. Comece com doses menores e aumente gradativamente.  
  • Verifique se o produto é derivado de frango ou outras fontes e consulte um médico em caso de histórico de reações. 
  • O magnésio interfere com alguns antibióticos e remédios para osteoporose. Sempre informe seu médico sobre suplementos que está tomando. 

Gestantes, lactantes e pessoas com doenças autoimunes (como artrite reumatoide) devem buscar orientação profissional antes de iniciar o uso. 

Posso obter esses nutrientes só com a alimentação?

Dificilmente. O colágeno tipo 2 está presente em cartilagens de animais (como caldo de ossos), mas a quantidade é insuficiente para necessidades terapêuticas.

Já o magnésio abunda em folhas verde-escuro, castanhas e grãos integrais, mas a deficiência é comum mesmo entre quem se alimenta bem. 

Qual a diferença entre colágeno tipo 2 e os outros tipos?

Cada tipo atua em áreas distintas. O tipo 1, por exemplo, predomina na pele e tendões, enquanto o tipo 2 é focado nas articulações. Usá-los juntos pode ser benéfico, mas para objetivos específicos, a escolha deve ser estratégica. 

Colágeno tipo 2 e magnésio não são modismos passageiros. Eles representam uma ferramenta para quem busca envelhecer com vitalidade ou recuperar a liberdade de movimento.

A chave está na consistência: assim como exercícios regulares fortalecem músculos, a suplementação adequada nutre estruturas internas que sustentam cada passo seu. 

Antes de iniciar, converse com um nutricionista ou médico para personalizar doses e combinações. Lembre-se: saúde é um projeto de longo prazo, e cada escolha consciente hoje reverbera no bem-estar de amanhã.

Revisado por: Taynara Caroline – Nutricionista

REFERÊNCIAS:

  • Cosgrove MC, Franco OH, Granger SP, Murray PG, Mayes AE. Dietary nutrient intakes and skin-aging appearance among middle-aged American women. Am J, 2007.

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Nutricionista - Taynara Caroline

Taynara Caroline

Instagram: @nutritaay

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Nutricionista com 4 anos em experiência em consultoria em empresas, consultório, desenvolvimento de conteúdos para sites, blogs e redes sociais sobre qualidade de vida, saúde, bem-estar, emagrecimento, receitas e alimentos. 

Taynara Caroline é registrada no Conselho Regional em São Paulo, pelo CRN° 49635. Graduada pelo Centro Universitário São Camilo em São Paulo, SP em 2017 e Pós Graduada em Nutrição Esportiva Funcional na Instituição VP Centro Nutrição Funcional (2019) Além disso possui curso de Personal Diet pelo centro SENAC.

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